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CPC aponta que La Niña acabou.

O CPC (Climate Prediction Center) aponta que La Niña terminou e espera que as condições neutras do ENSO continuem durante a primavera do Hemisfério Norte e o início de verão de 2023.
Durante 3 anos estivamos sob influência do fenômeno, que trouxe uma série de problemas para a produção agrícola global. No Brasil, durante a temporada 2021/22, foi registrado uma quebra histórica na produção de soja, 125 mmt contra 144 mmt de expectativa inicial. No Paraná, o milho de 2ª safra de 2021, teve perdas de 50%; o frio e as geadas chegaram a atingir os cafezais em Minas Gerais, que fez
com que as cotações do café arábica registram altas vistas somente em 2014
Este ano, a Argentina e o Rio Grande do Sul ainda estão sofrendo com as condições climáticas; os hermanos deverão colher a menor safra de soja dos últimos 15 anos (33 mmt de acordo com o USDA e 27 mmt de acordo com a Bolsa de Rosário). No RS, a Conab atualizou a estimativa para 15 mmt, enquanto o Emater estima 14
mmt. O Paraná ainda sofre com o excesso de chuvas e segue com a colheita de soja e o plantio de milho atrasados.
Mas após 2 temporadas de safras complicadas, enfim, o La Niña terminou! Em algumas semanas, o produtor norte-americano começará a semear as safras de primavera e, ao que tudo indica,
terá condições muito mais favoráveis e ficamos na dependência do relatório de intenção de plantio para estimarmos, com maior
precisão, a oferta do país. Me antecipando, acredito numa expansão de área para o #milho na ordem de ~4 milhões de acres, para 93 milhões de acres, com uma oferta entre 379/380 milhões de toneladas, o que fará com que as cotações do contrato futuro de dezembro, fiquem próximos ou abaixo de U$ 500 cents/bushel. Para a #soja, acredito em manutenção ou mesmo uma pequena redução
da área, mas com produtividade melhor e a oferta na faixa de 120
milhões de toneladas, o suficiente para levar os futuros de novembro, abaixo de $ 14 o bushel.
Por enquanto, é tudo estimativa, mas é inegável que o termino no La Niña é uma excelente notícia para o agronegócio global.
Em anexo, os mapas de anomalias de temperaturas e precipitação com o ENSO neutro

